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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Literômano
Herculano Alencar

Sou um soldado raso da palavra
na guerra entre a arte e o ofício.
Cultivo a poesia, como vício,
nos versos que a dor às vezes lavra.

Pseudo-literato de hospício,
escrevo, por instito e vocação,
aquilo que me vem ao coração,
ainda que não venha de início.

Poeta, sim! Aceito este suplício.
E se algum dia eu largar o vício,
decerto morrerei de abstenção.

De vez que a poesia (este pileque)
vai bagunçar meu peito, qual moleque
a explodir bolinhas de sabão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/04/2012
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Comentários
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JRPalacio
Bem humorado soneto. Valeu, poeta. Abraços fraternos.

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