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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Santa Cruz
Herculano Alencar

Relâmpagos, trovões... naquele dia
o mundo parecia desabar!
Como se de repente o céu e o mar
tentassem expressar o que eu sentia.

Meu coração (jazigo da poesia)
chorão por natureza; entretanto,
se demorou a derramar o pranto,
que no meu peito, em lágrimas, caía.

Final de tarde, o Angelus descia...
Eu enxuguei o pranto de Maria
na flâmula erguida por Jesus.

Maria e Jesus, dois bons amigos,
naquele dia estavam lá, comigo,
a celebrar um gol do Santa Cruz.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/04/2012
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