![]() Menino velho
Criança, eu pintava meus cabelos com o pó de giz trazido da escola. Ficavam bem mais brancos que agora, que tento, a todo custo, enoitecê-los. Meu Deus, ó quanto eu queria tê-los: os churros de algodão em falsa neve! Pedia a Deus do céu que fosse breve e que fosse capaz de merecê-los. E foi-se o tempo, os fios dos novelos... e se foram as chuvas e os anos... até cumprir, enfim, todos os planos e merecer o branco dos cabelos. As cãs, que ora cuido com desvelo, são probas testemunhas dos meus anos. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/04/2012
Alterado em 12/10/2019 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|