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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Aos mestres

Há muito que meu mestre me dizia,
que todo mestre é sempre um aprendiz.
Naquele tempo o lápis era o giz
e a folha de papel, a lousa fria.

Bem sei que meu bom mestre já sabia
o quanto aprendia ao ensinar:
"não há amor se não se sabe amar
e não há brisa se há ventania"...

Cresci ouvindo o mestre todo dia
e fui ouvindo, ao tempo que crescia,
até que meu bom mestre foi embora.

Hoje, que sou, do mestre, um aprendiz,
não uso o quadro-negro nem o giz,
mas faço as lições como outora.

O teu saber (meu mestre) vive agora,
em cada um dos versos que já fiz.
 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/01/2007
Alterado em 28/04/2023
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