No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um soneto ao ocaso

Fim de tarde! Cadeiras na calçada...
vodca, limão, gelo e poesia!
O mar espuma verso e maresia
num beijo de marola enamorada.

Ajusto a voz ao som da batucada
na esperança morta de cantar,
mas calo e deixo a brisa assobiar,
como uma flauta doce e afinada.

O soL, que já batia em retirada,
volta matreiro, dá uma espiada,
como quem quer tomar a saideira...

...flerta c'oa lua antes que anoiteça,
requenta o que  me veio à cabeça
e dorme num soneto a noite inteira.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/04/2012
Alterado em 30/05/2018
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