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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Senilitude
Herculano Alencar

Era uma vez um resto de saudade,
que habitava um velho coração!
Sobrevivia junto à solidão
que, de tão velha, já não tinha idade!

Vivia, como vive uma saudade,
a lamentar o pranto que caiu
e a ruminar no peito, já senil,
o merecido ônus da idade.

Era uma vez um resto de saudade,
que navegou na lágrima vertida
e naufragou na dor da longa vida,
deixando o coração pela metade.

Partiu já na primeira tempestade
e até hoje vive de partida.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/04/2012
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