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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Silogismo
Herculano Alencar

Pra cada beijo morto de saudade
há outro beijo vivo, de partida,
nos lábios de uma boca já despida,  
que espera saciar sua vontade!

Pra cada boca morta de vontade
há outra boca viva, já despida,
á espera de um beijo de partida,
que viva eternamente na saudade!

Se a saudade é filha da partida
e a partida, mãe da despedida,
há sempre em cada boca uma saudade.

Por que a boca já vive despida,
a esperar a eterna despedida
do beijo que sacia a vontade.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/04/2012
Alterado em 07/06/2015
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