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Soneto pudibundo
Herculano Alencar
Se falo de amor como se espera: um bem angelical, quase utopia, mil corações declamam poesia e curvo-me às palmas mais sinceras. Se falo do luar, da primavera, das flores, dos amores infinitos... ouço dizer: "que versos mais bonitos!" quisera tê-los feito, quem me dera! Mas quando faço versos depravados, que falam do amor sem preconceito, que entrega-se, a torto e a direito, sem medo da desonra, dos pecados... Meu coração encolhe-se no peito e curvo-me aos apupos dos honrados.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/04/2012
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