![]() Poema da solidão
Herculano Alencar Eu estou só, e tanto, e tão sozinho, que ouço o meu mais fundo pensamento (junto ao ruflar dos mares e dos ventos) desfeito em espiral redemoinho. Estou só, bem no meio do caminho do cais do desencontro e a saudade, onde o adeus encontra a eternidade, onde o amor prescinde de carinho. E, de repente, assim, da solidão a poesia veio de presente, como chegasse a termo a gestação. E os versos que guardei, como semente no ventre da fecunda inspiração, viraram poesia, finalmente! *********************** Oferenda Ângela Faria de Paula Lima Não precisa ficar tão triste e tão sozinho. Posso dar-te minha mão e meu abrigo Posso caminhar e conversar contigo Posso - quem sabe? - te dar o meu carinho... Também estou andando pelas sendas... Já é tão longa a minha caminhada! E solitária sigo, alma cansada Desejando sonhar as tuas lendas... Estou tão entranhada em tua vida! Tão íntima de ti!... Tão envolvida!... Seguir-te bem de perto é o que queria! Pois sei que tens nas mãos minhas sementes E as plantas nos jardins freqüentemente Muito prazer! Me chamo Poesia!... Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/05/2012
Alterado em 05/05/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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