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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O lirismo em serenata

Quando a lua (cansada de esperar)
ouve a voz sensual do seresteiro,
faz do céu um enorme travesseiro
e da terra o leito do luar.

Quando a voz da paixão põe-se a falar,
qual suspiro de amor do seresteiro,
o luar joga luz no mundo inteiro
e o céu joga beijos para o mar.

Quando a lua por fim encontra um par,
a paixão joga sonhos para o ar
e a musa se debruça na janela...

O poeta se funde ao seresteiro
e um acorde, tão belo e verdadeiro,
faz a lua pensar que é pra ela.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/05/2012
Alterado em 14/06/2018
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