No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Sete de junho, de 2012

Neste sete, setembro, quinta-feira,
ainda não saí do cobertor.
Minha preguiça ri da minha dor:
a velha lombalgia costumeira.

Minha bexiga, musa derradeira,
pede um poema ao vaso sanitário.
Que seja um poeminha ordinário,
daquele que nem fede e nem cheira.

Neste sete, setembro, feriado,
minha mulher ressona ao meu lado
um pouco em sostenido, ora em bemol...

E eu, pra não perder a poesia
desta manhã molhada, tarda e fria,
cerzi este poema no lençol.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/06/2012
Alterado em 07/09/2017
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