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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A Pena do Sabiá.
Herculano Alencar

O sogro português (o velho Pena)
tinha por seu herói um pescador,
que, como é razoável se supor,
pescava em Lisboa e Ipanema.

Um dia sua nora, Rosa-flor,
achou um sabiá em um poema
e como numa fita de cinema,
tornou-se o sabiá seu grande amor.

Hoje, que uma tristeza se abate
por sob o céu vermelho escarlate
e ouvi dos meus lençóis o sabiá,

fiz do meu coração uma palmeira.
Quiçá o sabiá ainda queira
trazer Gonçalves Dias para cá.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 24/06/2012
Alterado em 24/06/2012
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