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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um morrer lírico
Herculano Alencar

Com toda a pieguice do momento
e a sobra de lirismo que me resta,
vou coroar de rimas tua testa
com versos de paixão e sofrimento.

Terás a minha cota de talento
posta à mercê da tua inspiração.
Terás também meu canto de paixão
para ninar o teu contentamento.

E, assim, quando morrer, terei vivido
e enquanto vivo for, terei sentido
a poesia em toda a plenitude.

E ainda que não saibas quem fui eu,
hás de sentir na lágrima de adeus,
que fui poeta muito mais que pude.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 13/07/2012
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