No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Solidão poética

Eu estou só, e tanto, e tão sozinho,

que ouço os meus próprios pensamentos

(junto ao ruflar dos mares e dos ventos)

feitos em espiral redemoinho.

 

Estou só, bem no meio do caminho

do cais do desencontro e a saudade,

onde o adeus encontra a eternidade

onde o amor prescinde de carinho.

 

E, de repente, assim, da solidão

a poesia veio de presente,

como chegasse a termo a gestação.

 

E os versos que guardei como semente

no ventre da fecunda inspiração,

viraram poesia, finalmente!

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/08/2012
Alterado em 18/03/2022
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras