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Obituário
Herculano Alencar
Nascida sob a égide divina, viveu, como andarilho, pelo mundo, a consolar os pobres moribundos, até que se cumprissem suas sinas. Cresceu, entre escombros e ruínas, a soerguer castelos de areia. Foi muro de arrimo, foi candeia a iluminar as sombras nas esquinas. Sofreu sem dar um ai, um só gemido, até que a morte veio (a seu pedido) e ofereceu-lhe a mão para uma dança. Morreu de insistência e de cansaço, a fazer jus, desde o pimeiro passo, ao nome de batismo: Esperança!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 08/08/2012
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