![]() Amor incondicional
Depois de uma noite de orgia, o ébrio adormeceu por sobre a mesa. Dormiu de face a face co'a despesa, com ar de quem pagou o que bebia. O copo ainda cheio, a mão vazia; um toco de cigarro sem fumaça; um guardanapo, um resto de cachaça; vestígios de ilusão e poesia. O bar cerrou as portas: já dia! Clama o garçon em busca de gorjeta! E lá se foi o ébrio pra sarjeta juntar-se à mais nobre companhia: um velho cão de rua, que se deita e ouve o que o amigo balbucia. Dia seguinte o ciclo se inicia e o cão já está de pé à sua espreita. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/08/2012
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