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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Metáfora ao primeiro amor

Quando nasceste (meu botão de rosa)
e ainda mal sabias perfumar,
eu era um colibri solto no ar,
qual um poema em busca de uma prosa.

Teu corpo era uma pétala viçosa
a suplicar um pouco carinho.
E eu não era mais que um passarinho
implume a esperar que fosses rosa.

Desabrochaste, enfim, o teu encanto
e enxuguei o teu primeiro pranto,
como se fosse um velho colibri.

Então voei, voei...o mundo afora...
Passou-se tanto tempo e, ainda agora,
as minhas asas batem só pra ti.
 
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 24/08/2012
Alterado em 21/04/2017
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