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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Metáforas de um átimo

O soneto que ora me vem à pena,
carregado na tinta da paixão,
faz o verso suar na minha mão,
como Páris nos braços de Helena:

um amor, que de grande, se apequena
pra caber nos umbrais da poesia,
como Sartre no "Mundo de Sofia",
como Esparta à porta de Atenas.

O soneto que veio à minha pena
trouxe ao verso um sabor de Madalena,
quando deu-se aos cuidados de Jesus:

o amor entre o mito e a verdade,
que uniu, o pecado à santidade,
pelo o céu que inda brilha sob a cruz.

O amor, que dos versos que compus,
me fez crer e ententer, embora tarde.
 
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/10/2012
Alterado em 16/11/2019
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