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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

"Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação." Mario Quintana


Linguagem metafórica de uma leitura poética


Quem lê e não entende uma só linha,
mas sabe desfrutar da poesia,
pode quebrar a vil monotonia
do rei, que dorme ao lado da rainha.

O rei que tem a pele, qual a minha,
exposta às intempéries da coroa:
os súditos reais e suas loas,
ao som de tediosa ladainha.

Quem lê e interpreta um poema,
há de viver à sombra de um dilema
de quase impossível solução:

entrar no pensamento do poeta,
como se fosse um santo ou um profeta,
e desfazer o nó da criação.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/10/2012
Alterado em 23/04/2022
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