![]() Meu último soneto
Dos Anjos, meu poeta obituário, rogo que tu me tenhas compaixão, pois hoje enterro aqui, no meu caixão, mais um soneto e meu vocabulário. Sou um poeta tolo e perdulário, que vive a compor mil poesias; que rima convulsão com agonia e escreve roma sempre ao contrário. Fazer soneto, Agusto, é meu calvário e tentar te imitar, a minha cruz. Como o ladrão ao lado de Jesus, eu sou apenas mais um comentário. Receba-me, poeta obituário, pra que à morte eu possa fazer jus. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 01/03/2007
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