No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um fio de esperança ao velho Lua

Servo da visceral ignorância
que o bicho homem herda de nascença,
e que se perpetua pela crença,
que borra as fantasias de infância,

canta o assum preto em reverência
à asa branca, última esperança,
que, no porvir, os tempos de bonança
façam valer à pena a penitência.

Inda que cego, o velho assum preto
pode pousar, ao som dum minueto,
e enxergar a alma de Luiz...

E a asa branca, por ordem divina,
há de fazer mudar a velha sina
e, junto ao assum preto, ser feliz.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/12/2012
Alterado em 07/03/2021
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