“É a culpa, e não a fé, que remove montanhas.” (Sigmund Freud)




O poder da culpa
Herculano Alencar

Vagou pelo deserto (penitente)
e não achou um só sinal divino!
Fez seu voto de fé inda menino
e nunca desistiu de ir em frente.

Levava na bagagem e na mente:
a culpa, o pecado, o remorso...
e o eco a repetir cada “Pai Nosso”
rezado no passado e no presente.

Vagou até a sombra da montanha!
A sua fé em Deus era tamanha,
que entregou-se ao Pai em oração.

E Deus, ao ver a culpa na bagagem,
abriu pela montanha uma passagem
e o guiou ao vale do perdão.