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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

"A soberba nunca desce de onde sobe, mas cai sempre de onde subiu.”
Francisco Quevedo




Abismo da vaidade
Herculano Alencar

O sucesso subiu-lhe à cabeça!
Outrora fora um pobre sonhador!
Hoje já não lhe importa o sol se pôr,
tampouco que o dia amanheça.

Dizem que é bem provável que esqueça
os beijos que ganhou quando menino;
e que fez uma aposta com o destino,
de que o domingo há de morrer na terça.

Oh! como é triste, Deus, como é medonho,
ver um poeta (órfão de seu sonho)
cair nas finas teias da arrogância!

Antes morrer à míngua, ao abandono...
(qual uma folha seca do outono)
do que matar um sonho de infância.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/02/2013
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