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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O amor é uma velha rima em busca de um novo verso. (Herculano Alencar)

Segundo ato

Quando o amor encontra a poesia
e a verve do poeta se inflama,
o teatro da vida estreia um drama
e o ator principal sai da coxia.

Ator que, mesmo velho, ostenta a fama
que veio desde o seu o primeiro ato,
e foi eternizada no retrato
que dorme na parede de quem ama.

Ah, o amor, essa pobre e velha rima
que vaza a poesia como esgrima
pra enfim revelar que foi em vão.

Amor que sempre traz algo escondido,
pois só a flecha cega do cupido
é capaz de enxergar o coração.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/03/2013
Alterado em 21/09/2021
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