No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Matar a solidão é sentar-se à mesa de um botequim e contemplar a última pedra de gelo derreter no copo de uísque. (Herculano Alencar)





Desencontro
Herculano Alencar

Uísque e solidão, o bar vazio
sob o olhar insone do garçon.
Um homem a curtir o velho som,
que teima em acabar num assobio.

Um xale, um casaco de vison.
Uma mulher que busca companhia
ao som de uma suave melodia,
do tempo em que Jobim subia o Tom.

A noite, companheira de orgia,
acolhe o assobio, a melodia,
a dose de uísque, o velho som...

A lua, flor de lis da madrugada,
se posta, de soslaio, na calçada
e flerta, sem pudor, com o garçon.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/03/2013
Alterado em 16/03/2013
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