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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

“Ao redor do buraco tudo é beira ou, a depender do caso, tudo ao redor do buraco é bunda” (Ditado popular)

Ilusão de ótica


Quem anda pela beira do buraco,
já sabe que o buraco tem a beira
e sabe que o buraco também cheira,
tal como cheira o fumo do tabaco.

Quem sabe pôr a lenha na fogueira
e atiçar o fogo com cavaco,
sabe que todo prato vira caco
quando despenca ao chão, da prateleira.

Quando o buraco exala o cheiro azedo,
que traz à superfície o segredo
guardado entre o reto e duodeno,

a mente, quase sempre tão fecunda,
enxerga finalmente, à luz da bunda,
o quanto que o ânus é pequeno.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/04/2013
Alterado em 29/10/2020
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