![]()
Do rio Tietê ao rio Poti
Herculano Alencar
Água de chuva, barcos de papel... Menino, que eu era, pés-no-chão, vagava entre o corisco e o trovão: olhar, ora na terra, ora no céu... Pião arremessado por cordel, posto a rodar na unha: que beleza! Meu barco, a deslizar na correnteza, qual tíbia poesia de papel. Este é um quadro vivo de mim mesmo! Saudades da farinha com torresmo, da manga verde ao sal, do bacuri... do assovio pra chamar o vento; de tudo que me vem ao pensamento, quando do Tietê vou ao Poti.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/08/2013
Alterado em 04/08/2013 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|