No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Do rio Tietê ao rio Poti
Herculano Alencar

Água de chuva, barcos de papel...
Menino, que eu era, pés-no-chão,
vagava entre o corisco e o trovão:
olhar, ora na terra, ora no céu...

Pião arremessado por cordel,
posto a rodar na unha: que beleza!
Meu barco, a deslizar na correnteza,
qual tíbia poesia de papel.

Este é um quadro vivo de mim mesmo!
Saudades da farinha com torresmo,
da manga verde ao sal, do bacuri...

do assovio pra chamar o vento;
de tudo que me vem ao pensamento,
quando do Tietê vou ao Poti.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/08/2013
Alterado em 04/08/2013
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