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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

3° Sinfonia de Beethoven
Herculano Alencar

As notas musicais flutuam com leveza
por entre os candelabros do teatro.
Uma baqueta triste beija o prato
e Deus orquestra os sons da natureza.

Enquanto as cordas plangem reverentes
e as madeiras choram de emoção,
os metais aguardam a percussão
sob o silêncio calmo dos presentes.

A batuta vagueia, com destreza,
sob a bênção de Deus e a natureza
une os seus sons aos sons da sinfonia.

E eu, que ora sou somente ouvidos,
deixo cair um pranto incontido,
que não é meu e sim da poesia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/01/2014
Alterado em 12/01/2014
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