![]() Menor abandonado
Vagava pelas ruas da cidade de pés no chão, estômago vazio... Presente de futuro tão sombrio, que os anos não contavam sua idade. Na rua, o tropel da falsidade marchava com sutil indiferença, enquanto ele cumpria a sentença, que a sorte lhe impusera a realidade. Assim... foi vegetando, até que a morte ofereceu-lhe o seio como aporte, por conta do seu último gemido. E, ao partir, deixou-nos de herança nas ruas, um exemplo de criança que faleceu sem nunca ter vivido. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/01/2014
Alterado em 29/09/2021 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|