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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Poemas sinfônicos
7° Sinfonia de Beethoven
Herculano Alencar

Ao fim do seu primeiro movimento,
(a sinfonia mal tinha nascido)
meu coração roubou do meu ouvido
o som que me embotou o pensamento.

E a música, qual flecha de cupido,
varou-me o crânio, o lobo e a razão.
E assim, neste momento, e desde então,
meu coração tornou-se o meu sentido.

Por que fui ser poeta, eu me pergunto,
se a sina de um poeta é estar junto
de tudo o que o leva à poesia?

Quem sabe pra ouvir, com o sentimento,
o som que há de embotar o pensamento,
quando a surdez calar a sinfonia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/01/2014
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