![]()
Metáforas de uma poesia muda
Herculano Alencar
A noite espreguiçava o amanhã brincando de esconder à luz do sol, que, reticente, ao som de um rouxinol, corava a face exposta das maçãs. O dia, mal saído do lençol, fingia não ter pressa nem ter hora. E lânguido, ciente da demora, flertava um displicente girassol. O mundo desabava em poesia, enquanto em mim (poeta) amanhecia o último suspiro da aurora: um sonetilho feito à candeia, que fez o sol fingir ser lua cheia, até ver a saudade ir embora.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/01/2014
Alterado em 18/01/2014 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|