No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Menção à crônica " A solidão é comunista"de Rosa Pena

Semanário

Hoje é segunda-feira, o sono agarra
os versos preguiçosos do poeta.
Na terça, os pedais da bicicleta
põem a correr a rima, inda na marra.

Na quarta, um preparo para a farra:
um antidepressivo, um antiemético;
um verso, com sotaque soviético,
ao canto estridente da cigarra.

Na quinta, a poesia (essa besta)
espera mais um dia e, na sexta,
encontra a sua própria solidão.

No sábado, o céu prepara um pingo
de chuva, que no dia de domingo,
despenca, mas que nunca chega ao chão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/01/2014
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