No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Eu, poeta de mim.
Vivo a poetar esta min'alma
de forma abissal, descolorida...
qual o funesto escuro desta vida,
co'a a morbidez do verso que acalma.

Os meus poemas são as despedidas,
são o adeus de quem já foi embora
atrás da poesia do outrora,
pelo cheiro dos anos, esquecida.

Não tenho, dos amores, o lirismo...
Não tenho, dos poetas, o altruísmo...
mas tenho alguma dor no coração.

Os meus poemas são meus pesadelos,
que minh'alma teima em mantê-los
na onirodinia da da paixão.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/09/2005
Alterado em 30/03/2012
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