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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Ocultismo satírico

E eis que a ciência do Parnaso
esconde, nos porões da poesia,
a natureza oculta da magia,
que informa ao sol a hora do ocaso.

E eis que o poeta (por acaso)
que é um ocultista, desafia  
a lei, o astro rei, a astronomia...
E, assim, passa a fazer tão pouco caso,

que até o céu rubesce de pudor.
A poesia espera o sol se pôr
e reina sob as luzes do Parnaso.

E, enfim, sob os dejetos da ciência,
o vate sente dor na consciência 
e deita a obra prima em alguma vaso.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/03/2014
Alterado em 26/03/2014
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