![]() Amor itinerante
No matulão, o amor leva a saudade e o lençol molhado pelo pranto. Leva também os beijos, no entanto, apenas os que foram de verdade. Ou seja: muito menos da metade dos beijos que algum dia alguém lhe deu, antes de encontrar outro romeu pra carregar o andor de falsidade. É que o amor é mesmo itinerante: um nômade nas trilhas da esperança, atrás de portos sempre mais distantes. A cada novo porto, novo amante. Navega noite e dia, e não se cansa, até não mais lembrar de quem foi antes. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/03/2014
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