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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Amor cativo

Se eu amei? Amei-a até a morte!
Amei, ainda amo, e amarei!
Amei como escravo e como rei.
Amei co'a tibieza de um forte.

Bem sabes tu o quanto eu amei.
Aquele amor que morre e não termina,
que roda o coração (qual bailarina),
que mata sem viver fora da lei.

Se eu amei? Amei mais do que pude!
Hoje eu peço ao bom Deus que me ajude
e me livre do andor antes que eu morra.

Pois se não ficar livre desse amor,
é muito mais provável se supor
que o Pai me feche a tranca da masmorra.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/03/2014
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