![]() Eu e o Fado
Olhos fechados, súditos do Fado, teimam em esconder o sofrimento, enquanto a musa chora, num lamento, a voz de um coração desesperado. E a jovem canta, e canta, e eu, atento, beijo o rubor do vinho com ternura e embriagado e só, na noite escura, deixo o Fado doer no pensamento. A voz chorosa, como a melodia, afaga meus ouvidos com carinho. E eu me entrego inteiro para vinho, enquanto a noite vira poesia. E o Fado me esquarteja e me inebria, e junta meus pedaços no caminho. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/04/2014
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|