![]() Ode pra Noel Rosa
Estava eu e a folha de papel como fosse casal de namorados. No dedo, um grafite apontado, um fósforo apagado, um anel... Na vitrola um disco de aluguel tocava o seu samba mais bonito. Cheguei até ouvir os três apitos e o grito do gerente do motel. Ouvi também o último desejo por sobre o silêncio de um minuto. Meu coração, de pronto, botou luto por todas juras e por todos beijos... Me debrucei na folha de papel... carpi, junto à buzina do meu carro, um triste adeus pra chaminé de barro... e fiz este poema pra Noel. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/05/2007
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