![]() O pai nosso de carne e osso
Ó pai que está no chão dos nossos dias e que nos mata a sede e dá o pão, que roga ao pai do céu por compaixão e vive do suor das mãos vazias. Ó pai que paga a vida a prestação e sobrevive às custas do salário, que reza na cartilha do vigário a calejar os pés na procissão. Que seja feita, pai, tua vontade: andar à luz do sol pela cidade sem encontrar, sequer, um só ladrão... sair assobiando pela rua e ter, por companhia, a mesma lua que luz sobre as veredas do sertão. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 13/04/2014
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