No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Ilusão

Havia uma janela no caminho
de onde a liberdade lhe sorria!
Abriu as asas (duas poesias)
no seu primeiro voo em torvelinho.

Mas encontrou no meio do caminho
o vidro transparente da janela,
que a liberdade (fria sentinela)
não avisou ao tolo passarinho.

E a poesia fez um falso ninho
dentro duma caixinha de sapato,
e, com a dama morte, fez um trato
e ambas o trataram com carinho.

Na janela da vida há vidraça,
que tão somente a morte ultrapassa.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/05/2014
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