![]() Introspecção
O sol, de barbas fulvas, lambe o céu, com sua falsa língua colorida, enquanto passo a limpo a minha vida num branco guardanapo de papel. Não fosse eu um tolo menestrel, poeta por capricho do acaso, e trocaria a chave do Parnaso por um pingo de tinta e um pincel.. A primavera grita: é verão! O sol, dileto amigo do perdão, esboça o seu sorriso mais antigo. E eu, por uma fresta do telhado, vejo um botão de flor amarelado, que tento, em vão, colher e não consigo! A flor que, embora murcha, está comigo, a perfumar lembranças do passado. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/10/2014
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