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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

"O meu ofício é dizer o que penso." Voltaire

Digo, logo penso.

Assim é o poeta, como penso:
um sujeito comum (e singular),
que tem seu próprio jeito de pensar
e confundir até o próprio senso.

Um barco de papel a navegar
num mar de fantasia (tão imenso),
mas que consegue ver, ao longe, o lenço
que indica o rumo, a rota e o lugar.

E se poeta sou, como imagino,
não posso me furtar ao meu destino
de dizer o que penso, inda que doa.

De navegar, num barco de papel,
até bem onde o mar encontra o céu,
sem medo de enxergar além da proa.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/11/2014
Alterado em 30/11/2014
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