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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

“Muito pouco ama, quem com palavras pode expressar quanto muito ama.” Dante Alighieri

Chama morna

Por mais que se desmanche em poesia
em cada um dos versos do poema,
vive o poeta à sombra de um dilema
que há de acompanhá-lo noite e dia:

roubar da pena a dádiva suprema,
que impinge emoção à língua escrita,
enquanto a velha a alma se agita
e faz nascer, de si, novo fonema.

Por mais que a poesia seja pura
e que o poeta, em transe de ventura,
possa ebulir amor aos turbilhões...

não há como expressar quanto se ama,
pois a palavra não revela a chama
que faz ferver o amor nos corações.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/12/2014
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