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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Meu soneto em versos livres

A poesia deu-se para a rima,
que corrompeu meu último soneto.
Desmantelou o régio esqueleto,
e a métrica servil que o arrima.

Dois versos livres são o par perfeito
para subverter a poesia
e dar à rima, enfim, a alforria
e dar ao verso, enfim, um novo jeito.

Não rimarei agora e doravante
nenhum só verso, ainda que errante,
para vestir a roupa do defunto.

Terei este soneto como prova
de quantas rimas pus dentro cova,
em que a poesia me me pôs junto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/09/2005
Alterado em 24/10/2020
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