No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

“Sirvo-me de animais para ensinar o homem.” (Jean de La Fontaine)

Fabela do rato e o leão

E lá se foi o rato descuidado
cair por sob a pata do leão!
De tanto que pediu por compaixão,
o rei cedeu aos guinchos do coitado.

Ergueu-se o rato, lépido, do chão
e pôs-se, mata adentro, o mais ligeiro...
Não fosse o rei leão um cavalheiro,
o rato não teria salvação.

Anos depois , em pleno picadeiro,
fingia o rei leão ser verdadeiro
o urro que assustava a multidão.

No mesmo ato, um rato equilibrista
garante o cachê dos dois artistas
co'a arte milenar da gratidão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/01/2015
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