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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Diógenes, o Cínico!
Meu Cão, Diógenes, foi o escravo,
"abana-rabo" da filosofia,
que latiu, com cínica poesia,
toda a valentia de cão bravo.

Para tantos cegos serviu de guia,
que esqueceu de mim como seu dono.
Viveu parte da vida no abandono,
outra parte não soube se existia.

Viveu a vida de um desabrigado,
um vira-lata insone, desprezado,
a mendigar um prato de comida.

Morreu, quase aos oitenta, inda moço,
a roer... e roer... o mesmo osso,
que um ser humano rói por toda vida.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/09/2005
Alterado em 17/09/2005
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