No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Memorial do frevo

No coração, um frevo compassado
no ritmo da sístole do passo.
Na mente, a poesia arma o laço,
que há de enforcar o bardo enciumado.

Ah, como é bom olhar para o passado
e enxergar, nos versos de menino,
borrões de um soneto alexandrino,
com as letras dum frevo inacabado.

Quiçá um velho frevo de Capiba
posto a  evoluir, ladeira à riba,
as Virgens de Olinda, a Pintonbeira...

E eu, que era poeta, não sabia
aquilatar o quanto a poesia
me levaria ao topo da ladeira.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/09/2005
Alterado em 01/11/2024
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras