No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Autocrítica

Às vezes eu me pego a meditar
sobre o meu narcisimo literário:
um vil egocentrismo ordinário
que põe meu ego acima do altar.

Que me vê como espécie exemplar
entre os vivos e mortos do Parnaso
e me deixa fazer tão pouco caso
do que vem, até mim, doutro lugar

que não seja da minha própria lavra.
Portanto, com licença da palavra,
se esta carapuça não te serve:

para e reflete só por um instante
e verás que um bardo arrogante
não merece nem mesmo a própria verve.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 13/02/2015
Alterado em 13/02/2015
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