![]() A língua dos guetos do parnaso
A pena, a calejar a mão servil na rusga entre o papel e a escrita, busca certas palavras nunca ditas pelos guetos da língua mãe gentil. A mente, a maquinar ideias mil, soletra mil palavras por segundo, que vão do pensamento ao fim mundo e voltam novamente ao seu covil. E assim vai pelas letras o poeta: a alma, aventureira e irriquieta, vagueia pelos versos, penitente. E quando, calejada pela pena, descobre uma palavra obscena, revela, sem pudor, a dor que sente. A língua é uma espécie de serpente, capaz de perdoar quando condena! Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/03/2015
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