No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele." Fiodor Dostoievski

Humor atemporal

No tempo em que o cão era menino,
o homem já falava desse assunto:
por que chamar cadáver de defunto
e um problema mais grave de pepino?

Por que chamar um porco de suíno
e uma vara de porcos, porcaria?
Por que chamar vileza, putaria
e o filho do casal de genuíno?

Por que chamar de tripa o intestino,
por que chamar o belo de divino
e o cheiro de carniça, podridão?

Não leve a mal, meu caro, este poema,
é que meu ovo esquerdo não tem gema
e o direito, é claro, também não.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/03/2015
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